“Menor que meu sonho,       
não posso ser”
Lindolf Bell

Ari Santos de Campos


Um cantor?! – Eu cochilando.
- Pavarotti deve ser!
Era o meu galo cantando
no palco do amanhecer.

                   3
Entre mim e Deus existe
uma grande indagação.
Pois tudo fica tão triste
sem amor no coração!

                   4
Com musas vivo a sonhar;
à noite durmo um pedaço...
Num caderno, ao despertar,
uma trova eu sempre faço.

                   5
A lua, por vez escrava,
se pensasse igual os homens,
às sextas-feiras faltava
em protesto aos lobisomens.

                   6
No paraíso, que dista,
grande fato aconteceu.
Eva o pecado conquista
e com o Adão se perdeu.

                    7
Justiça não me dá medo
pela palavra que tem.
Dá medo, não é segredo,
é da injustiça de alguém.

                   8
Meus amigos valem ouro,
e essa jazida eu ganhei.
– Amizade é um tesouro,
sou tão rico quanto um rei.

                 9
Vamos trocar nossos ais
por calorosos abraços
em cada “Jogos Florais”
e estreitar os nossos laços.

               10
Oh minha vida pequena:
minha alma como corrói !…
– Linda morena, que pena,
quando te vejo me dói…

               11

Deixa velar o meu sonho
e sufocar o meu grito...
Leva não, sonho medonho,
minha mãe ao infinito !!!

               12

Oh Senhor, Grande Arquiteto,
Deus Uno deste Universo,
do Templo sacro e secreto
põe o prumo em cada verso!

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DISCURSO TRANSMISSÃO DA PRESIDÊNCIA - SESSÃO SOLENE - 21/07/2018
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            Faço uso da palavra, para um breve comentário, a respeito da minha gestão, que ora se encerra.
Quando assumi a presidência desta Academia, a 18 de março de 2016, ainda que antes tenha também exercido, por mais um ano e cinco meses de forma interina, vi feitos e defeitos dos meus antecessores.
Por exemplo, a história da nossa Academia, que começou no dia 5 de novembro de 1999, estava quase toda perdida, e muita coisa continua perdida, porque todos os acontecimentos estavam sendo guardados, apenas, na memória dos nossos Acadêmicos, e o mais agravante, infelizmente, é que muitos deles já não convivem entre nós.
         1. Um arquivo que pudesse resguardar o que sobrou da nossa história, e que pudesse preservar os acontecimentos que continuam ocorrendo, seria necessário.
          2. Logo que assumi esta presidência, há 3 anos e 5 meses aproximadamente, busquei resgatar um site, que nunca antes tinha sido usado. Trata-se de uma doação feita pela empresa de informática (Grupo W) à nossa Academia, por intermédio da nossa então presidente, Miriam de Almeida, da gestão anterior.
Paguei os débitos existentes como (registros e hospedagens), fiz um curso preparatório para administrá-lo, às minhas custas, é claro, montei o sistema dentro das nossas necessidades, e fui à luta.
Hoje temos, nesse site, o arquivo da nossa Academia, arquivo virtual, e já temos armazenada uma quantidade bastante significativa de informações. Para conhece-lo, basta acessar www.albc.com.br .
           3. Fizemos um Concurso Nacional de Trovas; trova porque, atualmente, é o estilo de poesia de maior evidência no país. O único estilo poético que possui uma razoável estrutura, em todo o nosso país: a UBT “União Brasileira de Trovadores” que muitos conhecem. 
         Denominamos, esse concurso, de: “I Concurso Nacional de Trovas da Academia de Letras de Balneário Camboriú” – 2017, e o fizemos em homenagem a Mara Souza. Mara Souza pelo reconhecimento do notável trabalho, por ela prestado, a esta Academia, principalmente, durante sua gestão como presidente, cujo mandato exerceu por duas vezes consecutivas.
Há quem não o reconheça, mas esse concurso nos permitiu divulgar o nome da Academia aos quatro ventos, em todo o Brasil. 
Participaram, desse concurso, 310 poetas trovadores, do mais alto nível cultural, dos quais, 20 deles foram classificados e receberam, de nossas mãos, Diplomas e Medalhas: a Medalha “Mara Souza”.   
          4. Fizemos visitas em Escolas: uma delas na Escola Estadual Ruizélio Cabral, de Nova Esperança, onde participaram seis acadêmicos, os quais proferiram palestras, cada qual divulgando a sua arte, e mostrando a causa e importância das Academias de Letras, para um público significativo de alunos e professores (que a profa. Olinda, se estiver presente, nos confirme).
          5. Também, a Academia de Letras de Balneário Camboriú, como empresa, pessoa jurídica que é, durante a minha gestão foi cuidadosamente zelada, com todas as obrigações fiscais e contábeis em dia, e assim permanece até hoje.
         6. A nossa conta bancária sempre permaneceu positiva e temos, atualmente, um saldo que gira em torno de R$ 9.000,00.
         Finalmente, antes de encerrar esta fala, eu gostaria de voltar a dizer aquela trova, a trova que fiz para a minha posse, em 2016.

Hoje aqui, solenemente,
neste instante, tão divino,
vou fazer-me presidente
porque quis o meu destino.

           Assim, o tempo passou, e o destino se fez cumprir, entre sabores e dissabores, mas, para mim, teve um valor inestimável, porque eu aprendi: foi uma grande Escola. E por esse conhecimento adquirido eu só posso agradecer ao meus caríssimos colegas acadêmicos, e esta importante Escola, que se chama, Academia de Letras de Balneário Camboriú.

           E agora, não querendo plagiar um velho ditado popular, mas já plagiando, talvez, eu diria o seguinte:

Esse bando de andorinhas, 
das letras, em união, 
há de achar nas entrelinhas 
o seu mar que faz verão.

           Logo, em outro momento, eu diria:

E quando sinto as mazelas 
dos desencantos de outrora 
minha alma fecha as janelas 
dos meus olhos, onde mora.

           Mas, o que mais eu desejo, para esta Academia, que ajudei a criar, é que tenha um futuro bastante próspero, cheio de glórias e recompensas. Talvez, do jeito como está escrita a 5ª estrofe do seu hino:

E no raiar do porvir
se tua estrela brilhar,
uma força há de surgir
da concha oculta do mar.

                                               Tenho dito, e obrigado a todos...


                                                                  Baln. Camboriú, 21 de julho de 2018


                                                                                         Ari Santos de Campos

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